Ontem (domingo, 04/09/2016) estive junto com um grupo de irmãos da comunidade aqui próximo a igreja no "beco do mercado" tomando café com alguns bêbados que ficam ali o dia todo.
Fui tocado por Deus em meu coração com o desejo de me relacionar co eles.
O pão com manteiga, o café com leite, o biscoito, foram apenas uma forma de aproximação.
Isso pra mim, pois para eles, aquele café da manhã era provavelmente a única coisa que eles comeriam naquela manhã.
Me deparei com um senhor que mora neste "beco" há quatro anos. Quatro anos é o mesmo tempo em que eu estou pastoreando e morando aqui na cidade de Maruim.
Eu não o conhecia, mas fui impactado pela resposta dele quando eu perguntei há quanto tempo ele morava na rua. Ele me respondeu: há quatro anos. O senhor nem era pastor dessa igreja ainda, quanto eu comecei a morar aqui.
Daí lembrei de que um senhor havia me pedido comida há quatro anos atrás, eu era recém chegado na cidade e alimentei aquele homem.
Na verdade, eu me esqueci da figura dele, afinal, ele não fazia parte do meu vínculo de conhecimento. Ele porém, não esqueceu de que eu era o pastor da Igreja.
Isso me doeu.
Quatro anos se passaram e eu ignorei (mesmo que inconscientemente) a necessidade daquele homem.
Agora entendo porque Deus me moveu a tomar café da manhã naquele "beco": dos muitos ébrios que se alimentaram um deles já havia passado pela minha vida e eu o tinha ignorado.
Estou profundamente motivado a me relacionar com eles.
Quero não apenas levar pão. Quero conhecer a vida deles, mesclar minha vida com a deles. quero ser a expressão do amor de Jesus para eles.
Este é a essência do evangelho, esta é a boa notícia: em Jesus há uma nova perspectiva de vida.
Porém, esta nova perspectiva não será revelada se os filhos de Deus não a manifestar.
Ajuda-me Pai, para que eu consiga colocar em prática o teu propósito na vida dos "habitantes do beco"!
Danilo Dias
O peregrino
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